Inovação para Transformar
Inovação é a chave para toda transformação – um ponto crucial que sempre abordamos. E inovar é, por si só, um processo complexo: passa pelos campos teórico e prático, parte do indivíduo para abranger o todo. Em sua essência, exige aprendizado, desenvolvimento pessoal, capacidade de analisar fatos passados e possibilidades futuras. Mais do que uma técnica, é uma verdadeira cultura que ainda se encontra em um estágio quase embrionário no Brasil. Estamos começando a perceber a importância e o alcance dessa aliança entre saber e fazer.
Mas a nossa história não começa aqui, e sim nos idos do século XIX, do outro lado do Atlântico, com uma atitude inovadora que moldou a indústria de uma das maiores potências mundiais.
A nova (e inovadora) indústria alemã
O nome Steinbeis dificilmente é novidade para você que está lendo esse texto. Afinal de contas, você teve que chegar aqui de alguma forma. Associar um rosto e identidade ao nome, porém, é bem diferente – e Ferdinand von Steinbeis é uma dessas figuras que merecem e devem ser lembradas. Consultor de Guilherme I, rei de Wüttemberg, Steinbeis foi o grande responsável pela total transformação da região e, consequentemente, da cultura nacional como um todo. Desprovida de riquezas naturais e, à época, a região mais pobre do que viria a ser a Alemanha, hoje o estado de Baden-Wüttemberg prospera graças à força de sua indústria, que foi pioneira em abraçar o método de ensino dual.
Sob a visão de Ferdinand von Steinbeis, fomentou-se o empreendedorismo, sempre ligado à renovação de conhecimentos. Um exemplo? Karl Friedrich Michael Vaillant, engenheiro de automóveis que, por incentivo de Steinbeis, viajou à França e à Inglaterra para conhecer melhor o processo de industrialização em andamento nesses países. Hoje, ele é mais conhecido como Karl Benz – e o nome não soa familiar à toa. Não há quem não conheça a Mercedes-Benz e a qualidade associada a seus motores.
Além de defender a necessidade de adotar novas ideias vindas de outros países, colocando-as ao serviço de sua terra natal, e definir um método de ensino dual – a sinergia entre teoria e prática na educação tecnológica –, Ferdinand von Steinbeis criou escolas vocacionais para mulheres e em algumas áreas específicas, transformando por completo a maneira de se compreender a relação entre academia e indústria.
O trabalho desenvolvido por Ferdinand von Steinbeis permanece vivo não apenas em seu legado, como por meio da atuação da Fundação Steinbeis. Fundada nos anos 1970 com o intuito de aproximar ainda mais o meio acadêmico e a indústria, a instituição segue as bases deixadas por Steinbeis, se aprofundando nas necessidades do mercado moderno. Sua criação foi pautada em uma melhor compreensão daquilo que se constituía em barreiras para a inovação – afinal, inovar é a única maneira de ser efetivamente competitivo.
Inovação também se faz aqui
É inegável que a Alemanha está à frente de boa parte do mundo no que diz respeito a indústria, academia e inovação. Afinal de contas, falamos de um país que, depois de quase dois séculos, já entende esse processo quase simbiótico de forma tão natural quanto respirar.
E o Brasil, como fica? Dissemos, sim, que ainda vivemos um estágio embrionário nesse processo – mas nem de longe esse é mais um 7×1. Estamos aprendendo a importância de se investir na formação de indivíduos, no desenvolvimento de processos inovadores, mas temos também nossos pioneiros nesse campo. No caso, os Institutos Federais, que vêm desempenhando um trabalho fundamental para o desenvolvimento das regiões onde se encontram.
Ao tratar da diferença entre os institutos e as universidades, Peter Dostler, Diretor Executivo da STEINBEIS-SIBE do Brasil, disse: “enquanto o foco das universidades é a geração de conhecimento, os institutos, além de gerar conhecimento, precisam intervir na realidade. Para isso, é necessário conhecer o setor produtivo e os problemas sociais. Só a partir disso será possível formar pessoas para se fixar na região e atuar como catalisadoras do desenvolvimento regional”.
Se essa atuação parece familiar – entender o contexto e formar indivíduos que possam alavancar o crescimento da região –, você prestou atenção no texto até aqui. Claro, não é possível simplesmente copiar processos, não quando se leva em conta diferenças culturais, legais, econômicas e afins, mas existe uma essência comum entre a atuação dos institutos e o trabalho desenvolvido por Ferdinand von Steinbeis há mais de 150 anos.
E é nesse ponto que a STEINBEIS-SIBE do Brasil vem trabalhando diretamente.
STEINBEIS-SIBE no Brasil
O sistema de ensino dual desenvolvido por Ferdinand von Steinbeis ainda está em total ressonância com os rumos do mercado global, tornando a universidade alemã referência absoluta em um método de ponta. A combinação de teoria e prática, aliada à transferência inteligente e à aplicação prática de tecnologia, faz da Rede Steinbeis uma peça fundamental na transformação do mercado internacional.
No Brasil, a nossa equipe alia todo esse potencial teórico a um profundo conhecimento da indústria e do meio acadêmico nacionais. Como princípio básico, insistimos que o desenvolvimento pessoal é fundamental para o aprimoramento profissional, posto que o indivíduo é o mesmo, inserido ou não em seu ambiente de trabalho. Com estímulo e aprendizado, é possível formar não apenas funcionários mais eficazes, como também pessoas melhores.
Nossa meta? Simples: transformar a mentalidade das organizações brasileiras. Tal qual Ferdinand von Steinbeis fez lá na Alemanha, há tanto tempo. E com as ferramentas e parceiros que temos, fica a certeza de que estamos no caminho certo. É hora de abraçarmos a inovação também por aqui.