STEINBEIS-SIBE do Brasil | Imprensa Nacional: dois séculos de história visando o futuro
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Imprensa Nacional: dois séculos de história visando o futuro

Imprensa Nacional: dois séculos de história visando o futuro

Mais de dois séculos de história. A Imprensa Nacional – assim, em maiúsculas; não nos referimos à imprensa como um todo, e sim ao órgão federal – foi fundada em 1808 com o objetivo de imprimir com exclusividade todos os atos normativos e administrativos oficiais do governo. Nesses 209 anos de trajetória, a entidade inicialmente denominada Impressão Régia foi a voz de reino, império, república. Desempenhou seu papel em duas capitais, registrando mudanças de regimes e de tempos. Há quem diga que a memória do país é fraca, mas na verdade tudo é uma questão de olhar no lugar certo: por meio dos registros da Imprensa Nacional, é possível apurar muito do que se construiu e se desfez desde que fomos alçados a um status para além de colônia.

Toda essa carga histórica, porém, não torna a Imprensa Nacional peça de museu. Pelo contrário: a modernização é mais que necessária para garantir que a informação seja difundida de maneira cada vez mais eficaz, mantendo o compromisso firmado com a transparência e a cidadania. E é nesse ponto que entra o trabalho que Fabio Zimmermann e Fernando Quintans, da STEINBEIS-SIBE do Brasil, vêm realizando junto ao órgão, em Brasília, em uma parceria com a ENAP – Escola Nacional de Administração Pública.

O processo é familiar para quem nos acompanha: trabalhamos no planejamento estratégico que vai guiar os passos do órgão pelos próximos anos. A grande diferença é a instituição em si, com um histórico e uma atuação que exigem um nível de especificidade muito próprio. Em pauta, por exemplo, o fim do registro em papel – um passo extremamente emblemático, considerando que o termo “imprensa” remonta justamente às prensas utilizadas para a publicação dos primeiros jornais e periódicos.

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Os primeiros passos

A largada foi dada no dia 13 de abril, em evento realizado no auditório principal da Imprensa Nacional. Apresentamos à equipe e às lideranças o projeto em si, as etapas envolvidas em sua construção, o que esperar desse processo. Não faz sentido, afinal, construir um plano estratégico sem a mobilização de todos aqueles envolvidos em sua execução.

Partimos então para um curso: “Entendendo a Gestão Estratégica”, no qual discutimos os principais termos e conceitos do planejamento estratégico e do método Balanced Scorecard – BSC. O curso, por sua vez, levou a uma oficina com dirigentes dedicada a estabelecer a Visão, Missão e Valores da Imprensa Nacional – termos que então foram validados com a alta liderança do órgão.

Definida nossa base, a identidade da Imprensa Nacional, era hora de conversarmos efetivamente sobre estratégia, seja hoje ou para o futuro. Tempo de entender os processos do presente e, a partir deles, projetar novas possibilidades. Um novo passo, um novo curso: “Elaboração da Estratégia”, dedicado a explicar as principais ferramentas de análise – como a definição da cadeia de valor e a Análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) –, assim como as ferramentas de design. A grande questão é: como fazer essa projeção dos tempos por vir? A resposta vem de tudo que já construímos e ainda da técnica Blue Ocean: o que é preciso eliminar, reduzir, aumentar ou criar de forma a identificar e priorizar os elementos que definirão o nosso norte?

Para finalizar essa etapa, um terceiro curso, “Traduzindo a Estratégia”, dedicado a responder questões-chave do processo de construção do plano estratégico. E com isso, chegamos à conclusão do Mapa Estratégico.

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A jornada agora

Após um intervalo, era chegada a hora de seguir em frente na trilha de gestão estratégica. Compreensão, elaboração, tradução: o novo passo veio com o curso “Desdobramento da Estratégia” – e como o nome já diz, era o momento de conectar a estratégia traçada ao universo da Imprensa Nacional, seus servidores e colaboradores. Como todo esse material definido se alinha à totalidade da instituição?

De posse das ferramentas, estamos esmiuçando cada etapa do processo. Partindo do levantamento da linha de base e da definição das metas para o planejamento estratégico. A questão é: quais são os desafios para cada objetivo estratégico?

Em paralelo, executamos treinamentos, como os cursos “Fundamentos e Gestão de Projetos” e “Metodologias Ágeis em Gestão de Projetos”. Também trabalhamos para priorizar um primeiro ciclo de execução da estratégia, definindo alguns objetivos nos quais atuaremos mais intensamente ao longo dos próximos meses – isso, claro, sem perder de vista os objetivos que virão mais adiante. Afinal, tudo se conecta, e há uma série de elementos codependentes. Fator fundamental na definição do portfólio de projetos, a etapa mais recente do trabalho. Hora de levantar todas as ideias e ações que nossos parceiros da Imprensa Nacional veem como necessárias. Com olhar crítico, condensamos aquelas que dialogam entre si, formando um projeto maior, de forma a estabelecer um portfólio factível. Com esse dado em mãos, o passo seguinte é organizar e priorizar esses projetos, levando em conta questões como impacto, custos e afins.

Ainda há mais por vir, um caminho a ser trilhado – mas diante dos séculos vividos por essa instituição, que não deixa o histórico se tornar um peso que afasta a necessidade de se manter atual, todo tempo e esforço investidos parecem pequenos.